sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Crianças que levam palmadas são mais bem-sucedidas na vida, aponta estudo

O trabalho sugere que crianças que são punidas com palmadas por seus pais podem crescer mais felizes e bem sucedidas do que aquelas que são poupadas dos castigos físicos.



Um estudo descobriu que crianças recebem palmadas acima dos seis anos de idade saem-se melhor na escola e são mais otimistas sobre a vida do que as que não recebem. Elas também demonstraram maior inclinação para realizar trabalhos voluntários ou entrar na universidade.

A pesquisa, conduzida nos Estados Unidos, deve irritar militantes dos direitos infantis, que têm tentado, sem sucesso, banir as palmadas da Grã-Bretanha. Atualmente, os pais são autorizados por lei a ministrar "castigos razoáveis", como palmadas que não deixem marcas ou hematomas. Mas defensores dos direitos das crianças argumentam que essa é uma forma ultrapassada de punição, que pode causar problemas de saúde mental a longo prazo.

Os pesquisadores entrevistaram 179 adolescentes a respeito da frequência com que recebiam palmadas na infância, e que idade tinham quando as receberam pela última vez. Os dados foram cruzados então com a informação dada por eles sobre que comportamentos poderiam ter sido influenciados pelas palmadas, inclusive eventuais efeitos negativos, tais como comportamento antissocial, atividade sexual precoce, violência e depressão, e positivos, como sucesso acadêmico e autorrealização.

Aqueles que haviam recebido as palmadas acima dos seis anos se saíram melhor em quase todos os pontos positivos e não apresentaram nenhum ponto negativo, em contradição com aqueles que nunca haviam sido punidos fisicamente. Os que afirmaram terem sido castigados na faixa etária dos 7 aos 11 anos também demonstraram ser mais bem sucedidos na escola do que os não castigados, mas saíram-se pior em alguns pontos negativos, tais como mais envolvimento em brigas.

No entanto, jovens que afirmaram continuar recebendo castigos corporais pontuaram pior do que todos os outros grupos em todas as categorias. A pesquisa apontou pouca diferença entre os sexos e grupos raciais. Os estudos foram rejeitados pela Sociedade Nacional de Prevenção à Crueldade com as Crianças, que tem lutado para banir as palmadas, apontando para os efeitos danosos dessa prática.

Para o grupo Parents Outloud a pesquisa é bem-vinda e alegam que os pais não devem ser criminalizados por dar palmadas leves. Sua porta-voz, Margaret Morrissey, disse: "é muito difícil explicar verbalmente a uma criança o por que de alguma coisa ser errada. Um tapa leve é frequentemente a forma mais eficaz de ensiná-los a não fazer algo que é perigoso ou doloroso para outras pessoas - é uma medida preventiva. Ao passo que qualquer coisa maior que um tapinha leve é definitivamente errado, aos pais deve ser permitida a liberdade de disciplinar seus filhos sem o medo de serem denunciados à polícia".

Para ler o artigo original, clique aqui.


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