domingo, 17 de agosto de 2014
Vigiar e punir
Pelo íngrime declive subi
Pra no fim do caminho estar pronto
Pra que todos me viessem de encontro
Decifrar e tentar descobrir
E de posse de talentos sem fim
Te guiei por mares intransponíveis
Para em todos os sentidos possíveis
Revelar o que eu aprendi
Não entrego o meu braço
Ninguém vai me levar pelo braço
Eu deixo o carrasco insistir
Pra depois mostrar como eu faço
Que todos me ouçam
Eu não cheguei aqui pela força
Sou frágil, fino, sério
Não posso ser tomado à força
Do abraço estendido pra mim
Agarrei tua mão impassível
Pra no último instante possível
Te largar sem retribuir
E liberto do teu fardo, enfim
Espalhei meu rumor inaudível
Para com insolência inadmissível
Te delatar, vigiar e punir
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